sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Esquecimento da Guanabara



Poucas pessoas sabem que a Baía de Guanabara foi o elemento fundamental da posição desempenhada pela cidade do Rio de Janeiro no cenário brasileiro ao longo dos anos. Além disso sua posição permitiu que nela se desenvolvesse um importante porto da cidade e a transformou em um centro econômico importante do Brasil do séc. XVII até hoje. Infelizmente durante o crescimento e desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro e outras cidades em seu entorno como Niterói, Duque de Caxias e São Gonçalo, a Baía foi cada vez mais sendo deteriorada. Décadas após décadas a este importante ecossistema vem sofrendo com o descaso do poder público e com a falta de consciência de toda a população fluminense, que aos poucos destrói esse nosso patrimônio natural. Enquanto quase nada é feito para recuperá-la, a Baia de Guanabara agoniza em uma situação que preconiza um desastre ambiental que vem se tornando permanente. Até 12º ano em vigor, o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) já gastou o dobro do previsto e alcançou menos da metade dos resultados desejados. Enquanto isso, os 380 quilômetros quadrados da baía sofrem. Com as obras a passos lentos, 400 metais pesados, 1,7 milhão de toneladas de esgoto (o equivalente a um Maracanã lotado de resíduos) e 1.500 toneladas de lixo são lançados nas águas diariamente.
Se essa situação perdurar, em 500 anos o espelho d’água vai desaparecer. Os número revelam que o objetivo está longe: quando o projeto foi concebido, o plano tinha a pretensão de tratar, em seis anos, 50% do esgoto da baía, com uma verba de R$ 2 bilhões. Mas já foram gastos R$ 4 bilhões em 12 anos e apenas 25% do esgoto é tratado de forma adequada. A Baía de Guanabara é um patrimônio magnífico, degradado e abandonado pela população do Rio, e principalmente pelas suas autoridades.




O Esquecimento da Guanabara

Direção, Roteiro e fotografia: Tiago Garcia
Produção: Daniela Gracindo
Trilha Sonora: Dans Souza

Duração: 12:23 minutos

Participação de André Trigueiro, Leomil da Costa, Dra. Letícia Liu e Eng.º Victor Coelho

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