quinta-feira, 29 de abril de 2010

O futuro do Brasil no tour

Faz tempo que eu paro pra pensar no futuro do Brasil no cenário mundial do surf. E nunca estive tão otimista para bons resultados brasileiros futuramente.

Estava terminando de escrever esse texto quando o Jadson, rookie esse ano no WT, acabou de vencer sua primeira etapa em cima do Kelly. E o que gostaria de refletir nesse texto é justamente sobre a nova/atual geração brasileira. Parece que o resultado do Jadson já mostra o que vem por aí. Nós brasileiros nunca tivemos uma safra de talentos tão expressiva quanto a atual e isso porque nossa maior desvantagem, as ondas horríveis que temos comparadas com as dos americanos e australianos, tem sido minimizada com patrocinadores sérios e inteligentes, investindo em seus groomets com viagens para picos como Indonésia, Austrália e Hawaii desde cedo. Já faz um bom tempo que acompanho, viajo e filmo com essa mulecada que vai rumo ao topo do ranking no tour. E o que vai fazer com que os resultados apareçam são três coisas óbvias. A primeira delas é que essa geração que vem conquistando tudo com Jadson, Alejo, Medina e cia, encara o surf com um profissionalismo nunca antes visto por aqui. Eles apesar de jovens, já perceberam que o nível da galera pelo mundo afora é alto e nivelado e o "detalhe" para conseguir aquele algo mais é justamente treino e dedicação. Não foi coincidência o Fanning ter sido bicampeão do mundo entre caras como Joel, Taj e Kelly. Foco é o a palavra da vez. As viagens desde cedo que já falei anteriormente, faz com que eles conseguiam outras duas coisas fundamentais para ter sucesso no Tour. Um surf completo e eficiente em qualquer condição e maturidade para encarar a dura vida do circuito, surfando com atitude na hora do vamos ver. O que ilustra bem isso é a vitória do Jadson hoje, boa parte de surfistas, pelo simples fato de surfar contra o Slater já ficaria com a perna bamba de nervoso e não surfaria metade do que sabe. Sabemos que não foi isso que aconteceu. Jadson deu as cartas com uma maturidade impressionante e Kelly que se contente com o vice.

O mundo já reconhece seu talento, ano passado Jadson foi o primeiro brasileiro a figurar na sessão Rising Star do Surfline, parte do site americano dedicada as estrelas em ascenção do nosso esporte.

Quem segue os passos de Jadson esse ano é Alejo Muniz, dedicado, profissional ao extremo e viajando com o seu excelente técnico Paulo Kid. Já conseguiu resultados expressivos e tem tudo para estar no WT 2011 e seguir rumo ao topo. Sem falar em Gabriel Medina, Jessé Mendes, Miguel Pupo, Ricardinho Santos, Ian Gouveia, Lucas Silveiras e tantos outros.



Recentemente, fiquei chocado com o surf de um garoto do Guarujá de apenas 12 anos chamado Victor Bernardo.
Aqui vai um clipe feito pelo seu técnico Paulo Kid de mais um garoto prodígio do Guarujá.

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